Nova audiência é marcada para ouvir testemunhas caso do juiz morto por PM
Cinco testemunhas de acusação prestaram depoimento nesta sexta
Redação CORREIO
Cinco testemunhas de acusação foram ouvidas nesta sexta-feira (5) na primeira audiência do caso do policial militar que matou o juiz Carlos Alessandro Pitágoras Ribeiro após uma briga de trânsito na região do Iguatemi. O soldado Daniel dos Santos Soares foi denunciado por homicídio qualificado pelo Ministério Público. O PM alega legítima defesa - mesma conclusão do inquérito policial, que não foi seguido pelo MP.
Uma nova audiência está marcada para o dia 17 de novembro, também no Fórum Ruy Barbosa, às 8h. Desta vez, serão ouvidas oito testemunhas de defesa e ainda três de acusação, segundo o Tribunal de Justiça. A audiência de hoje foi suspensa por conta da ausência de uma destas testemunhas. Os depoimentos começaram às 8h da manhã, na 2ª Vara do Crime, com o juiz Ernani Garcia Rosa comandando a audiência.
Audiência aconteceu na 2ª Vara Sumariante do Júri, no Fórum Ruy Barbosa
Relembre o caso
O juiz foi morto depois de uma briga de trânsito no último mês de julho, perto do Shopping Iguatemi. Segundo o soldado, depois de uma "fechada", o juiz já teria descido do seu carro armado com uma pistola 9mm. O soldado alegou que sacou sua arma para se defender e que só atirou porque o magistrado continuava vindo em sua direção. O juiz morreu aguardando socorro.
O soldado Daniel teve a prisão preventiva pedida no início de outubro pela Justiça. Para o Ministério Público, ele agiu com intenção e também mexeu na cena do crime, com o objetivo de atrapalhar as investigações. Uma reconstituição do crime foi feita em setembro.
Comentário
Por ter sido o Juiz que levou a pior eles sempre vão buscar um meio para condenar o Policial Militar, se fosse o contrário eles não iriam jamais procurar saber quem estava com a razão na história. Todos sabem que para portar uma arma tem que ter o porte de arma que é expedido pela Polícia Federal, e ainda mais esta não pode ser de calibre restrito, pois as de calibre restrito são de uso das Forças Armadas, e a única de calibre restritro que o porte está sendo liberado e para o aquisição por Policiais é a ponto. No caso dos juzes sempre vai existir o corporativismo, ou seja, sempre ficaram impune. No caso dos Policiais sempre averá punição para satisfazer o ego deles.
Então fica no ar as perguntas:
Qual o calibre da arma sob a posse do Juiz morto?
Ele possui o porte de arma?
Como meio de reflexão vejam o que ele fazem e não são punidos
Juiz discutiu antes de matar vigia, diz testemunha
09 de março de 2005 • 15h01 • atualizado às 15h01 O juiz Pedro Percy Barbosa Araújo, 57 anos, envolveu-se em uma discussão uma hora antes de matar o vigia José Renato Coelho num supermercado em Sobral (CE) no dia 27 de fevereiro. Ele visitou um amigo que estava internado em um hospital da cidade. A informação foi confirmada, em juízo, ontem, pelo médico Moisés Muniz Bezerra. Segundo o site Espaço Vital, ele era o plantonista no domingo - dia do assassinato - e foi uma das oito testemunhas ouvidas pelo desembargador Edmilson Cruz Neves, no fórum de Sobral.
Na saída do depoimento, Moisés Muniz disse lembrar que "o juiz estava muito irritado e que cobrava um atendimento melhor ao amigo". Mas não soube dizer se Araújo apresentava sinais de embriaguez. O médico confirmou que, aos gritos, Araújo teria se identificado como juiz da 2ª Vara e ameaçou prender funcionários do hospital, da mesma forma como teria agido, segundo testemunhas, no supermercado onde matou o vigia.
Durante os depoimentos houve uma confusão no lado de fora do fórum de Sobral, onde uma multidão aguardava a saída das testemunhas. Foi preciso a polícia intervir para que Matilde Lima de Sousa e a filha dela, Isadora - que acompanhavam o juiz no supermercado na noite do crime - chegassem com segurança até o carro.
Um manifestante foi detido depois de jogar um capacete contra o veículo. O irmão do vigia morto, Raniere Rodrigues Coelho, estava no meio da confusão e chegou a ser agredido por policiais.
Depoimento
O juiz Pedro Percy prestou o segundo depoimento na manhã de hoje. Os corregedores foram até o Quartel do Corpo de Bombeiros de Fortaleza onde o magistrado está preso.
Um inquérito administrativo vai apurar se ele teve durante toda a carreira um comportamento incompatível com a função de juiz. Os corregedores pretendem concluir a sindicância dentro de 30 dias. Além do magistrado, testemunhas também vão ser ouvidas.
Fonte: Terra online
Sabe-se que ele foi condenado a 15 anos, e como já havia cumprido 1/6 o STF o colocou em liberdade, e ele ainda pediu a aposentadoria e continuou recebendo cerca de R$ 16.000,00 até a sua morte em julho 2008, por parada cardiorespiratória.
Que justiça essa?
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