Cristo entrega as chaves do Reino a São Pedro, Capela Sistina, afresco de Perugino. Imagem do Wikipédia |
Inscrição na Basílica de São Pedro com o nome dos papas ali sepultados Foto do Wikipédia |
O curioso é que o Papa Bento IX que foi assumiu o pontificado por três
vezes, entre 1032 à 1045,
substituído em 1045 por Silvestre
III, retornando ao pontificado ainda em 1045 deixando o pontificado ainda no mesmo
ano e reassumido de 1047 à
1048.
Houveram também quatro
períodos que a Igreja ficou sem Papa, devido a demora do resultado do conclave,
o primeiro período foi de 1267
à 1271, ficou mais de 3 anos, os demais foram de 1292 à 1294, 1314 à 1316 e de 1415
à 1417. E ainda um Papa na História que foi eleito e que durou apenas 3
dias no ano de 752 e faleceu antes da consagração e foi
retirado da lista dos Papas em 1961, pelo então Papa João XXIII.
Bento XVI não é o
primeiro Papa da História a renunciar ao Pontificado, antes dele outros 22
Papas renunciaram ao papado ou foram obrigados a renunciar cargo por
escândalos. Dos que escolheram o nome de Bento,
o alemão Joseph Ratzinger ou Bento XVI é o quinto a
renunciar ao Pontificado. Os anteriores foram: (Bento V, Bento VI (973-974), Bento IX (1033-1045) e Bento X (1058-1059)).
Segundo o professor de História da Igreja e cônego da catedral de Barcelona
(Espanha) Josep María Martí Bonet que contabiliza e explica as renúncias
papais, entre as que foram por livre e espontânea vontade do Pontífice e as que
foram contra a vontade do Pontífice de forma violenta, e que algumas
inclusive terminaram com a morte do Pontífice.
Como foi informado pela Agência EFE. "O
cônego sustenta que "na época antiga, se não considerarmos os muitos papas
mártires, encontramos seis possíveis renúncias".
São as de Ponciano
(anos 230-235), que morreu no exílio e renunciou pelo bem da Igreja; Eusébio (ano 309); João I (523-526); Silvério (535-537), acusado de
alta traição por Belisário; João
III (561-574), e Martinho
I (649-655), que renunciou para facilitar a eleição de um papa que não
fosse problemática e morreu exilado na Crimeia.
Segundo o trabalho histórico inédito, elaborado
após a renúncia da anunciada na segunda-feira por Bento XVI, na época medieval
foram obrigados a renunciar Constantino
II (767); João VIII,
ao qual tentaram envenenar; Estevão
VI (896-897), que foi linchado e posteriormente estrangulado na prisão; e Leão V (903), que foi
assassinado pela família romana dos tusculanos, os mesmos que mataram Cristóvão (o antipapa) no ano de 903.
O papa João
X (914-928) foi envenenado e
assassinado pela matriarca romana Marózia, que também matou Estevão VII (929-931).
O filho de Marózia, Alberico, assassinou sua mãe
e também o papa João XI
(931-935).
O papa Bento
V (964) foi obrigado a
exilar-se em Hamburgo; Bento
VI (973-974) foi assassinado
no castelo de São Ângelo de Roma, e Bonifácio
VII (984) também teve que se
exilar e foi assassinado.
João XIV (983-984) morreu de fome no
castelo de São Ângelo; Bento
IX (1033-1045) foi acusado de comprar o pontificado,
e Gregório VI (1045-1046) foi deposto e exilado.
Bento X (1058-1059) renunciou por próprio
convencimento e se transformou em um simples cardeal; João XXI (1276-1277) morreu em um acidente em Viterbo, e Celestino V (1294) renunciou.
O papa Gregório
XII (1406-1414) foi o último
a renunciar antes de Bento XVI
(2005-2013)"
O Pontificado de Bento XVI se encerrou oficial
mente no último dia 28 de fevereiro de 2013, quando o então Papa entregou o
Anel do Pescador para o Camerlengo, o Cardeal Tarcísio Bertone, que preside a
Câmara Apostólica, encarregada de Administrar a Santa Sé na ausência de um
Papa.
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